quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Alguns links para quem se interessar no assunto. Em breve teremos mais postagens, aguardem!


http://yonearaujo30.comunidades.net/index.php?pagina=1541469175_01
http://histafricanafrobrasindigena.blogspot.com.br/
http://www.trabalhosfeitos.com/ensaios/Influ%C3%AAncia-Ind%C3%ADgena-e-Africana-Para-a/734109.html

terça-feira, 2 de setembro de 2014


As atividades do NEABI do IFF Guarus estarão de volta na próxima semana com as seguintes atrações: 
  • Cine NEABI – Filme: 12 ANOS DE ESCRAVIDÃO - Local: miniauditório do IFF Guarus.
  • Palestra: Professora Raquel Fernandes – Tema: Arte e Religiosidade Africana - Local: miniauditório do IFF Guarus.
  • Cine NEABI – Filme: XINGU - Local: miniauditório IFF Guarus.
  • Palestra: Professora Dayane Santos - Tema: Identidade positiva - Local: miniauditório do IFF Guarus.
Em breve, divulgaremos as datas definitivas.

terça-feira, 18 de março de 2014

Pintura corporal indígena









             A pintura corporal para os índios tem sentidos diversos, não somente na vaidade, ou na busca pela estética perfeita, mas pelos valores que são considerados e transmitidos por meio desta arte. Feita de jenipapo, carvão ou urucum, tem como objetivo diferir os povos, determinar a função de cada um dentro da aldeia e até mostrar o estado civil. Algumas índias utilizam esse método, por exemplo, para “dizer” que estão interessadas em encontrar um parceiro. Nos dias comuns a pintura pode ser bastante simples, porém nas festas, nos combates, mostra-se requintada, cobrindo também a testa, as faces e o nariz. A pintura corporal é função feminina, a mulher pinta os corpos dos filhos e do marido. Cada etnia tem sua própria marca e se alguma outra utilizar a mesma, uma luta entre as aldeias pode ocorrer.




quinta-feira, 13 de março de 2014

Novos Planos

           A equipe do NEABI resolveu adiar a reinauguração do Núcleo, pois alguns dos nossos colaboradores não poderiam estar presentes. Portanto, a reinauguração, que deveria ter ocorrido ontem, será adiada para o próximo semestre letivo, em abril.
          Não haverá atividades do NEABI (CiNEABI, oficinas e palestras) no mês de março, elas ocorrerão apenas após a reinauguração. Os horários e dias de funcionamento não foram alterados.

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Novidades

    A programação do NEABI já está pré-definida. E temos novidades: agora o NEABI fará suas atividades em dois dias da semana.
Toda quarta-feira dos meses de março e abril funcionará o CiNEABI, com exibições de filmes com temática indígena ou africana. Os filmes do CiNEABI serão exibidos às 10h e às 16h, semanalmente.
As palestras e oficinas do NEABI serão ministradas às quintas, quinzenalmente, no horário de 17h.
No dia 12 de março ocorrerá a reinauguração do NEABI, com exposição e degustação de pratos afro-brasileiros.


                 Não fique de fora, venha conhecer e participar com o NEABI – Guarus!

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Onde está o negro na televisão brasileira?

         Muita gente não presta atenção, mas a ausência dos negros na programação da TV brasileira é impressionante. A ausência do negro encontra-se não só na televisão, mas também em vários outros espaços socialmente representativos. É difícil encontrar negros trabalhando como advogados, médicos, arquitetos, engenheiros... O negro é etnia predominante entre os garis, as domésticas, faxineiros e outras profissões de pouco prestígio. Quando o negro aparece na televisão  a realidade não é diferente. E essa realidade está vinculada à ideia de que o negro representa o feio, o maléfico ou incompetente. No Brasil, o negro ainda aparece estigmatizado, depreciado, desumanizado, adjetivado pejorativamente, ligado a figuras demoníacas.
        A novela Viver a Vida, exibida em 2009, tinha como protagonista a atriz negra Thais Araújo (que também foi protagonista em Da Cor do Pecado). No entanto foi obrigada a viver uma cena humilhante na qual sua personagem teve de pedir desculpas de joelhos, após levar um tapa no rosto, para a personagem da atriz Lília Cabral. O espaço ocupado pelo negro na televisão do nosso país é tão pequeno que chega a ser difícil de ser notado. Ainda assim todas as ações movidas pelos movimentos negros em repúdio as posturas racistas da televisão brasileira são tachadas de coercitivas à criatividade artística, como se o desrespeito e o racismo fossem mecanismo imprescindíveis para concepção de uma obra de arte.
      Em Amor à Vida, novela das 21h que deixou de ser exibida no último sábado, gerou polêmica. Não estou falando aqui do beijo gay, mas do fato de não haver atores negros na trama. O autor, Walcyr Carrasco, disse:  "não foi intencional, mas quando criamos personagens, muitas vezes estamos pensando em um determinado ator ou atriz, independente de raça, mas a prioridade se ele se identifica com o personagem". Então, na minha opinião, o autor não pensa em atores negros quando cria suas personagens. Para se defender dos protestos foi escalada para a trama uma atriz negra, que não estava no script original da novela.
      No livro Consciência Negra encontra-se o seguinte depoimento de Zezé Motta: "Encontrei uma colega, uma pessoa que eu adoro, que comentou: que sucesso! Eu vi no jornal que você foi para os EUA, e aí? O que você manda? Eu falei, estou procurando emprego! Fui, foi ótimo, mas a vida continua. Ah, mas fique tranquila, vai ter sim, eles estão começando duas novelas, não é possível que não tenha uma empregada!"
    Sugiro que pense em reality shows, novelas, programas, comerciais de TV, personagens de desenhos animados, apresentadores de programas infantis... Pense em todos os segmentos de TV e perceberá que a resposta não é tão difícil.

- Por Érica da Silva Ribeiro, estudante do 2º período de Licenciatura em Letras.

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

O que é ser índio


     Os habitantes das Américas foram chamados de índios pelos europeus que aqui chegaram. Uma denominação genérica, provocada pela primeira impressão que eles tiveram de haverem chegado às Índias.
Mesmo depois de descobrir que não estavam na Ásia, e sim em um continente até então desconhecido, os europeus continuaram a chamá-los assim, ignorando propositalmente as diferenças lingüístico-culturais. Era mais fácil tornar os nativos todos iguais, tratá-los de forma homogênea, já que o objetivo era um só: o domínio político, econômico e religioso.
       Se no Período Colonial era assim, ao longo dos tempos, definir quem era índio ou não constituiu sempre uma questão legal. Desde a independência em relação às metrópoles européias, vários países americanos estabeleceram diferentes legislações em relação aos índios e foram criadas instituições oficiais para cuidar dos assuntos a eles relacionados.
      Nas últimas décadas, o critério da auto-identificação étnica vem sendo o mais amplamente aceito pelos estudiosos da temática indígena. Na década de 50, o antropólogo brasileiro Darcy Ribeiro baseou-se na definição elaborada pelos participantes do II Congresso Indigenista Interamericano, no Peru, em 1949, para assim definir, no texto "Culturas e línguas indígenas do Brasil", o indígena como: "(...) aquela parcela da população brasileira que apresenta problemas de inadaptação à sociedade brasileira, motivados pela conservação de costumes, hábitos ou meras lealdades que a vinculam a uma tradição pré-colombiana. Ou, ainda mais amplamente: índio é todo o indivíduo reconhecido como membro por uma comunidade pré-colombiana que se identifica etnicamente diversa da nacional e é considerada indígena pela população brasileira com quem está em contato".
       Uma definição muito semelhante foi adotada pelo Estatuto do Índio (Lei nº. 6.001, de 19.12.1973), que norteou as relações do Estado brasileiro com as populações indígenas até a promulgação da Constituição de 1988.
     Em suma, um grupo de pessoas pode ser considerado indígena ou não se estas pessoas se considerarem indígenas, ou se assim forem consideradas pela população que as cerca. Mesmo sendo o critério mais utilizado, ele tem sido colocado em discussão, já que muitas vezes são interesses de ordem política que levam à adoção de tal definição, da mesma forma que acontecia há 500 anos.

Fonte: O que é ser índio. Disponível em <http://www.funai.gov.br/indios/fr_conteudo.htm> 29/01/2014.